Da Redação
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) divulgou uma análise preliminar na qual considera fracas as propostas apresentadas pelo governo federal aos professores das universidades e institutos federais em greve. Para o Andes, o plano do governo sequer repõe as perdas da inflação dos salários - a principal reivindicação é a reestruturação do plano de carreira docente.
Para o sindicato, "o governo faz um jogo de números maquiados e agrava a desestruturação, que já existe na carreira atual, consolidando-a em uma soma de distorções". Um exemplo, segundo o sindicato, são os valores nominais estabelecidos na remuneração por titulação, que não seguem nenhuma lógica e não é incorporada ao vencimento básico. "Os professores em regime de dedicação exclusiva não têm garantia de uma remuneração adequada e constante, aponta Marinalva Oliveira, presidente do ANDES.
Perdas salariais
De acordo com o Andes, os valores nominais contidos na tabela tomam como base os salários de julho de 2010 e projeta, também em valores nominais, o que seria o resultado em 2015, omitindo toda a corrosão inflacionária do período, superior a 35%, de acordo com os cálculos do Comando Nacional de Greve, tomando como referência o ICV/Dieese, e uma projeção futura com base na média dos últimos 30 meses - são cinco anos de inflação que foram desconsiderados; o reajuste inclui os 4% do acordo assinado em agosto de 2011, que só foi cumprido em maio de 2012, retroativo a março deste ano.
A análise preliminar ainda aponta outras questões relativas, por exemplo, a professor doutor e professor mestre adjunto, que têm redução no valor real da remuneração.
Apesar da análise preliminar não contemplar as reivindicações dos professores, a proposta apresentada na sexta-feira (13) pelo governo será discutida em assembleias nas universidades em greve. O sindicato se reúne novamente com o governo federal na segunda-feira (23), quando vai apresentar suas considerações sobre a proposta.
Fonte: Revista Caros Amigos
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