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Comissão do Senado aprova pedido de cassação de Demóstenes Torres

Os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovaram nesta quarta-feira (4) por unanimidade o relatório do senador Pedro Taques (PDT-MT) pela legalidade do pedido de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Segundo o parecer de Taques, aprovado com 22 votos a 0, o processo que pode levar à cassação de Demóstenes está sendo conduzido de forma legal e em respeito à Constituição.

O pedido de cassação será encaminhado agora para a Mesa Diretora do Senado. A data prevista para a votação em plenário é na próxima quarta-feira (11), onde a votação dos parlamentares será secreta. Para que a cassação seja aprovada será necessário ao menos 41 senadores, dos 81, votem a favor.

O parlamentar goiano pode perder o mandato pela acusação de quebra de decoro parlamentar pelo envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro sob a acusação de comandar um esquema de corrupção.

Discussão

Demóstenes Torres não compareceu à reunião e foi representado pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O defensor afirmou que o parlamentar tem sido vítima de um prejulgamento baseado em provas ilegais e em vazamentos “criminosos”.

– É um massacre que dura mais de três meses – protestou ele, acrescentando que Demóstenes “quer ser julgado por seus pares e não irá fugir aos debates”.

Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), do partido autor da representação que deu origem ao processo administrativo de cassação, afirmou que Demóstenes mentiu e defendeu interesses de uma organização criminosa no Parlamento.

– Está claro que o comportamento do senador é incompatível com a ética e o decoro. Ele se envolveu, dialogou e atuou em defesa de interesses de organização criminosa. Por mais duro e difícil, a verdade tem que ser dita. Os fatos mostram isso – opinou.

A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP) também fez duras críticas a Demóstenes Torres, a quem considerou “uma pessoa com duas personalidades, com capacidade de mentir, enganar e manipular como raramente se vê em pessoas corretas, para não dizer normais”.

– Ele tinha sim conhecimento das atividades ilícitas de Carlos CAchoeira quando foi à tribuna do Plenário, em março, fazer seu primeiro discurso. Ele tentou nos enganar mais uma vez e atuou o tempo inteiro aos interesses do contraventor – opinou.

http://br.noticias.yahoo.com

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