A secretária de Estado de Administração, Alice Viana, reuniu-se na manhã desta terça-feira (29) com os servidores da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN), para negociar o fim da greve na instituição, que iniciou oficialmente ontem. Alice afirmou para os funcionários que o Governo avaliará as reivindicações da categoria, desde que todos os servidores retomem suas atividades normais. A secretária pediu um prazo de 30 dias para o Estado realizar um diagnóstico da fundação e verificar a viabilidade das propostas da categoria.
“Pedimos um crédito de confiança para os servidores, pois assim poderemos avaliar toda a estrutura da fundação e estudar de que forma poderemos atendê-los na medida do possível. Isso ocorrerá a partir do momento em que eles retomarem normalmente as suas atividades, suspendendo o anúncio de greve”, destacou a secretária.
Entre as reivindicações dos funcionários da FCPTN, uma das principais é a redução da carga horária semanal de 40h para 30h. O movimento afirma que a mudança não prejudicaria o atendimento ao público, e defende a contratação de mais servidores para a criação de dois turnos de atendimento.
Além da redução de carga horária, os servidores pediram o reajuste da ajuda de custo para alimentação, de R$ 200 para R$ 500, implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), adicional de insalubridade e periculosidade para algumas categorias da fundação, como técnicos de iluminação e os que manipulam obras antigas, e a reposição de perdas salariais referentes ao nível superior. De acordo com o grupo, o abono incorporado em abril no valor de R$ 41 equivale a 6h diárias de trabalho, e não de 8h como praticam.
Alice Viana ressaltou que o Governo atende a diversas reivindicações dos servidores públicos estaduais e que, ao mesmo tempo, precisa atender e prestar serviço à população, por isso precisa de equilíbrio fiscal e financeiro para alcançar todos os seus objetivos. “É preciso construir um diálogo, tal como temos com várias categorias. Estamos dispostos a atender na medida do possível as reivindicações dos servidores, mas temos limites fiscais e financeiros. Não podemos privilegiar uma categoria, mas todas”, disse a secretária. “O Estado segue uma política de compensação para todos os servidores, como o reajuste de 5% e a incorporação do abono para nível superior em abril, além do aumento do auxílio alimentação de R$ 120 para R$ 200 para todos os efetivos”, completou.
A Fundação Tancredo Neves informa que, apesar da paralisação, todos os serviços permanecem funcionando normalmente. São eles: Biblioteca Pública Arthur Vianna, Cine Líbero Luxardo, Programa Semear, Teatros Margarida Schivasappa e Waldemar Henrique, Centro de Eventos Ismael Nery, Galeria Theodoro Braga, além de atendimentos administrativos. Uma assembleia geral da categoria deverá definir se os servidores aceitam ou não a proposta do Governo do Estado.
Texto:
Thiago Melo-Secom
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