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Vereadora Jamili (do PT de Salinas) é presa por extorsão


Policiais do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da Polícia Civil do Pará prenderam, na manhã de segunda-feira (23), na praia do Maçarico, em Salinópolis, região nordeste do Estado, a vereadora Jamili dos Santos Corrêa (PT) e a assessora dela, Marly Helena de Souza Costa. As duas são acusadas de extorsão pelo prefeito do município, Vagner Curi. Segundo informações da Polícia, elas foram presas logo depois de receber um pacote com R$ 75 mil em dinheiro do sobrinho do prefeito, cujo nome foi preservado.
A vereadora teria pedido R$ 100 mil ao prefeito, desde o ano passado, para barrar a instalação de um processo de impeachment contra ele. Em depoimento à equipe de policiais do NIP, na delegacia de Salinópolis, Curi afirmou que já havia pago R$ 25 mil à vereadora para que ela não levasse adiante o processo de cassação dele - presidido por ela. A sessão para decidir sobre a abertura do processo está marcada para a próxima quinta-feira, na Câmara Municipal de Salinópolis.
Orientado pela polícia, o prefeito teria armado uma “casinha” para a vereadora e prometeu entregar, ontem de manhã, os R$ 75 mil que faltavam para completar a soma de R$ 100 mil. O sobrinho do prefeito chegou de carro, na orla da praia do Maçarico, um dos principais pontos turísticos de Salinópolis e local do encontro com a vereadora. Ela teria se aproximado a pé do carro, junto com a assessora.
Logo após receber o dinheiro num pacote de papel, a vereadora foi presa pela equipe do NIP, que filmou toda a ação na orla. De lá, ela foi conduzida, junto com a assessora, para a Delegacia de Salinópolis. Um advogado e um homem identificado apenas por “Edinho” também estariam envolvidos na extorsão do prefeito.
A operação policial que resultou na prisão em flagrante da vereadora Jamili estava sendo planejada há cerca de dois meses, sob o comando dos delegados Cláudio Galeno e Christian Lima, do NIP. A investigação começou logo após a denúncia feita pelo prefeito à Promotoria de Justiça de Salinópolis, que a encaminhou à Delegacia Geral da Polícia Civil.
O delegado Christian Lima lavrou flagrante contra as duas pelos crimes de extorsão, corrupção passiva e formação de quadrilha. Elas devem ser transferidas para o Centro de Recuperação Feminino (CRF), no bairro do Coqueiro, em Ananindeua.
Segundo a polícia, em seu depoimento, a vereadora teria justificado o recebimento do dinheiro sob a alegação de que pretendia “desmascarar o prefeito”. A quantia teria sido aceita para que o dinheiro fosse mostrado durante a sessão de quinta-feira como prova dos supostos “atos de corrupção” cometidos pelo prefeito.
O PARTIDO
O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, João Batista, afirmou, ontem à noite, que não conseguiu falar com a vereadora “para saber o que de fato aconteceu”. Segundo ele, nem os representantes do PT no município conseguiram ter acesso a ela na delegacia e que só a um advogado, que já havia sido providenciado, seria permitido falar com a parlamentar. “Nós estamos aguardando para entender o que, de fato, aconteceu para tomar as providências”, afirmou João Batista. Ele disse que espera ter a situação esclarecida na manhã de hoje.  (Diário do Pará)

Comentários

  1. É o PT mostrando a sua cara!

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  2. c não sabe que fala
    o prefeito armou pra elas
    elas estavam a anos tentando botar o prefeito na cadeia
    vio

    ResponderExcluir

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