Pular para o conteúdo principal

“A Travessa da Espera” realiza sua última temporada no próximo final de semana.

Comédia do Grupo de Teatro Universitário da UFPA, em cartaz desde 2008, realiza suas últimas apresentações no Teatro Cláudio Barradas.

Fragmentos cômicos reunidos num espetáculo leve, divertido e que mostra o quão engraçado podem ser as esperas que nos atravessam cotidianamente. Assim é “A Travessa da Espera”, espetáculo que há mais de três anos diverte o público de Belém e após muitas apresentações realiza sua última temporada no próximo final de semana, 10, 11 e 12 de fevereiro, sempre às 20h00 no Teatro Claudio Barradas.

Nesta “travessa” caminha o casal que não sabe onde quer chegar, executa-se a tortura da espera por um atendimento médico e transitam as fantasias de quem aguarda seu tão sonhado primeiro filho. Por esta travessa passam despercebidos os amores que duram uma vida inteira sem trocar uma palavra; atravessam sonhos que todos temos e pelos quais ansiamos que um dia se realizem. Espera que causa angustia e tortura a conta-gotas muitas vezes. Espera de uma pizza que irritantemente talvez chegue fria. Esperas que proporcionarão muitas risadas e diversão garantida a quem prestigiar o espetáculo na sua temporada de despedida.

O espetáculo parte de um processo colaborativo, que contou com a experiência de cada um dos atores na construção da peça, e o que se vê em cena é o retrato artístico - e muito bem humorado - de toda a sociedade que espera a vida inteira, desde os nove meses que antecedem o nascimento. A travessia do esperar pode ser menos dolorosa, e até bem prazerosa, se entendermos que ela pode nos render momentos únicos na vida.

Para o ator Caled Garcês, esta última temporada é de agradecimento. “Este é um espetáculo que eu amo fazer, que sempre quis fazer parte do elenco e que encerra um ciclo lindo. A equipe toda é composta de amigos, e isso o faz mais especial ainda. Vou sentir saudade”.

De fato, o elenco é composto por jovens e talentosos atores Ana Marceliano, Bárbara Gibson, Delianne Lima, Haroldo França, Caled Garcês, Leandro Oliveira e Patrícia Zulu, Ramón Rivera e Diego Vattos, que realizam o espetáculo sob a ótima direção de Olinda Charone.

"A Travessa da Espera" é um convite para sentar e rever a sua idéia de espera. É só sentar e aguardar a terceira campa. Pela última vez.

Serviço: Espetáculo "A Travessa da Espera". 10, 11 e 12 de fevereiro, sempre às 20h00 no Teatro Cláudio Barradas (Dom Romualdo de Seixas esquina com Jerônimo Pimentel). R$20,00 (com direito a meia entrada para estudantes). Maiores informações: 8292-8567, 8861-4476, 8116-8597.


Texto: Leandro Oliveira (ASCOM / Grupo de Teatro Universitário)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A História do Hospital Psiquiátrico “Juliano Moreira”

O Arquivo Público do Estado do Pará lançou um livro chamado História, Loucura e Memória, que trata do acervo do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira. O livro está belíssimo e é uma parceria da SECULT com a SESPA, contém uma exposição de fotos do hospital e tem uma coletânea de textos. Traz também o fundo documental do Hospital Juliano Moreira que é um belo instrumento de pesquisa. Comprem, pois valerá a pena conhecer um pouco de nossa História e das Histórias dos nossos "loucos". O Hospital Psiquiátrico “Juliano Moreira” tem origem no antigo hospício de alienados, fundado em 19 de julho de 1892, localizado no Bairro do Marco da Légua. Em 1937, passou a denominar-se “Juliano Moreira” em homenagem ao psiquiatra baiano que contribuiu significativamente com a psiquiatria no Brasil. Sua trajetória de quase 100 anos (1892-1989) confunde-se com a trajetória da própria medicina psiquiátrica no Estado do Pará, seus avanço e recuos. Como instituição asilar, está incluído na série de r

A derrota de Ana Júlia e a esquerda no Pará II.

Ontem, foi dia de preparar os últimos detalhes da prestação de contas para o TRE e eu fiquei muito ocupada com esta tarefa, acabei por não terminar minha avaliação. Hoje é dia de finados, vou visitar minha avó, dona Rosa que morreu em 14 de novembro passado, e vou tentar fazer mais uma parte da avaliação.  Conversei com o presidente do PT, e ele me disse que o processo de avaliação vai começar, que todos devem participar. Perguntei também sobre o pedido de novas eleições para o senado, e ele me informou que agora, passado o segundo turno, o PT vai analisar a questão e tomará uma posição rápida. Continuando a avaliação iniciada ontem, quero dizer que o PT no Pará fecha um ciclo de ascensão e inicia um período de refluxo. Hoje, a perda do governo do Estado fecha uma acumulo de forças, e o PT no Pará terá de repensar seus rumos e suas estratégias.  Vamos à avaliação.  A pergunta que devemos responder é múltipla, tem varias respostas. A pergunta da perda, é de fácil resposta, e de difícil

A derrota de Ana Júlia e da esquerda no Pará.

Ontem à noite tivemos o resultado final das eleições no Pará, nela Simão Jatene obteve 1.860.799 (55,74%) e Ana Júlia 1.477.609 (44,26%), uma diferença de mais de 383 mil votos.  No primeiro turno, a diferença de Jatene para Ana foi de 452 mil votos, uma diminuição  de 69 mil na diferença do primeiro para o segundo turno.  O que podemos dizer é que os votos de Jatene estavam bem consolidados em cima da rejeição do governo. Esta eleição acabará sendo computada como uma derrota de toda a esquerda, mas a minha avaliação, é que é um julgamento da população feito da gestão de Ana Júlia. Em  2006, Ana teve 1.673.648, ou seja, em 2010 ela obteve 196,039 mil votos a menos que em 2006, quando concorreu com Almir Gabriel. No mesmo ano Lula alcançou 1.840.154 e ganhou de Alckimin por 619,59 mil votos. Com apenas um pequeno decréscimo, houve o voto casado entre Ana e Lula. E ambos ganharam as eleições. Já em 2010, Dilma quase mantém a votação de Lula, a candidata conseguiu 1.791.443 (53,20%) e Ser