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Eleições em Belém - parte II

Segundo um analista política, que fez parte do governo Edmilson na prefeitura de Belém, a candidatura de Almir Gabriel traz um elemento novo, este elemento seria apresentar para o eleitorado da capital um outro candidato, que também tem experiência administrativa, obras e serviços na capital  para serem mostradas. O que o nosso analista que dizer, é que das candidaturas postas até agora, o único que podia usar do discursos de já ter sido um  bom gestor, ter realizado obras, conhecer a máquina publica, era o ex-prefeito Edmilson.

A candidatura Almir teria o elemento de também se apresentar com este perfil, "o nosso analista" também diz que isto quebraria um discurso e que ai sim a eleição iria para um segundo turno, que poderia nem ser com Almir Gabriel, mas sua candidatura forçaria o segundo turno, ou seja, tiraria voto do eleitorado que vota naquele que já fez, naquele que já tem um nome, e ai, para o nosso analista, o dois nomes mais conhecidos nesta disputa, seriam Almir e Edmilson,  os dois como gestores.

Mas, é fato também, que a candidatura Almir Gabriel tende a tirar voto do candidato tucano (a mais provável e do deputado Zenaldo), o PSDB terá que fazer um exercício para convencer o eleitorado, que as obras feitas pelo ex-governador Almir Gabriel, eram obras feitas pelo partido quando a frente do governo, exercício semelhante feito pelo PT, que argumenta que as obras de Edmilson foram obras do "jeito" petista de governar.

Na política a dimensão coletiva, que pode ser entendido como o partido,ou a composição do governo, são importantes para a gestão, mas não podemos esquecer que o individuo, o gestor também faz a diferença. Pela organização administrativa das prefeituras, elas ainda são centralizadas na figura de prefeitos e o nosso sistema eleitoral privilegia candidaturas majoritárias personalizadas. O perfil do candidato, sua história de vida, seu perfil administrativo são elementos importantes na hora do voto e na gestão.

O candidato Edmilson Rodrigues é ainda, o candidato que está na frente de todas as "pesquisas" que eu tomei conhecimento. Ele atravessou 2011 sem "apanhar" e entra em 2012, consolidado e todos os outros partidos planejam ir ao segundo turno com Edmilson Rodrigues, enquanto ele e sua equipe de Marketing, pensam estratégias para aumentar a diferença, ou ganhar a eleição no primeiro turno.


Comentários

  1. Realmente, a maioria das pessoas que conheço preferem o Edmilson.

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  2. É isso mesmo, prof. Edilza, nessa eleição, se não tiver o Almir, o Edmilson vence no 1º turno. Quem resistirá aos:
    - é o único que já governou Belém!
    - governou bem! aprovado por 80%.
    - Venceu o Duciomar, na reeleição.
    - conhece e sabe o que fazer.
    - quem são os outros?O que fizeram?
    Tudo isso vai funcionar, como se diz em eleições, como rastílho de pólvora...pegou fogo, ninguém segura!

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  3. o Almir vai entrar como boi de piranha.
    assim o eleitorado terá outro para dividir com o Edmilson e poderá jogar as eleições para o segundo turno.
    aí, é quando haverá as composições e negocações, podendo o Duciomar funcionar como fiel e lucrar, como sempre, pois é só o que sobrou para ele.

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  4. Almir Gabriel. Um personagem que interfere no cenário político das eleições municipais belenenses de 2012. Esta eleição, com sua candidatura, deixa de ser um monólogo "solstício". Desta maneira, a democracia se aprofunda, pois o debate democrático se aprofundará.
    Agora dois candidatos, como afirma o texto que comento, apresentam-se como administradores municipais com experiência e realizações. Todavia, cabem algumas perguntas: Qual o papel do prefeito no governo de uma cidade? Ele governa a cidade sozinha?
    Estas perguntas merecem a reflexão de todos os belenenses. Acredito que ele não governa sozinho. Acredito que ele precisa, antes de qualquer coisa, de uma equipe que, além de politicamente comprometida com as causas populares, possua habilidade de gestão. Teriam estes dois candidatos uma equipe com estas qualidades? E os outros? Almir Gabriel, possuindo o apoio de Dulciomar, teoricamente possui uma equipe formada e "azeitada". Mas, neste caso, pergunta-se: qual o comprometimento político popular de Almir e desta equipe? Edmilson Rodrigues, possuindo um passado como administrador municipal também possuiria uma equipe. Mas, neste caso, pergunta-se: onde estão os indivíduos que compunham esta equipe? A experiência de Edmilson Rodrigues como gestor ocorreu em uma situação diferenciada da que se encontra hoje. Edmilson foi eleito prefeito pelo PT. Foi um prefeito cuja equipe e modo de governar eram "petistas". Edmilson e seu partido sabem que não possuem uma equipe. E, por isso, procuram coptar os indivíduos que fizeram parte de sua gestão e que permanecem no PT. Não há nada de errado nisso. O que não seria muito certo é o indivíduo mudar de partido apenas para ter um cargo. Seria este indivíduo confiável? Teria este indivíduo compromisso com o projeto político "solstício" ou apenas com sua sobrevivência? Acredito que, além de buscar o crescimento quantitativo de seu partido, deveriam, também, buscar o crescimento político. Como? O exercício de uma política de alianças enriquece qualquer partido pois permite o exercício do diálogo e da convivência com as diferenças. Isso demonstra uma postura democrática. Indispensável ao futuro prefeito que, se é capaz de dialogar com outros partidos, provavelmente será capaz de dialogar com a sociedade. Do contrário, que prefeito teríamos?

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