Os líderes separatistas do Tapajós, no oeste do Pará, atribuíram parte da culpa pela derrota à aliança que fizeram com o movimento do Carajás, no sudeste do Estado.
Eles criticaram a decisão de unificar as campanhas e apontaram o publicitário Duda Mendonça como um dos culpados pelo fracasso.
Responsável pelo marketing pró-divisão, Duda passou o último mês mergulhado na campanha e morando num dos hotéis mais caros de Belém. O baiano, que possui terras no Carajás, diz ter trabalhado sem cobrar cachê. Exigiu, porém, que a campanha contratasse sua equipe.
A prefeita de Santarém, Maria do Carmo (PT), disse que a criação do Tapajós enfrentava menor rejeição que a criação do Carajás na região de Belém. Afirmando que não gostaria de criticar o trabalho de Duda Mendonça, ela chamou de equívoco a campanha não ter mostrado em detalhes as diferenças entre as regiões.
Também lamentou que a pecha de "forasteiros" atribuída ao Carajás tenha prejudicado Tapajós. Na região do Carajás, que concentra reservas de minério, cerca de 80% de sua população é originária de outros Estados.
Presidente do Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós, o professor Edivaldo Bernardo, da Universidade Federal do Oeste do Pará, disse que o plebiscito seria mais fácil sem o Carajás. Mas, segundo os separatistas, o Tapajós dependeu financeiramente da outra região. Calculam que o "primo rico" tenha bancado 80% da campanha.
Além disso, só com a união as duas regiões conseguiram aprovar no Congresso a realização do plebiscito.
LUTO
Ontem à noite, a Prefeitura de Santarém anunciou luto oficial para hoje. A prefeita disse que outras cidades em que a maior parte dos votos foi a favor da criação do Tapajós e do Carajás também decretarão luto.
Edivaldo Bernardo afirmou que, apesar da derrota, o plebiscito pode servir de "barganha" para que as regiões mais pobres consigam mais investimentos.
Os líderes pró-Tapajós também anunciaram que vão propor, na Assembleia, a transferência da capital do Pará para o centro do Estado como forma de obrigar o governo a investir nas regiões mais isoladas. Uma das cidades cogitadas é Altamira, onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte.
"Foi uma disputa desigual", disse Lira Maia (DEM), deputado federal e presidente da frente pró-Tapajós.
Edilza, é preciso tambem que diga que a derrota não foi só do Duda, tambem foi da Vanguarda, aquela que presta serviços para o PT.
ResponderExcluirEsta de luto por perderem no plebiscito só podia ser coisa do PT, este PT da Maria que faz uma péssima administração ai em Santarem. O povo deveria era pedir uma prestação de contas do dinheiro que a Prefeitura de Santarem recebe para saber para onde vai o nosso dinheiro.
ResponderExcluirLamentavel esta declaração do Sr. Lira Maia,só sendo muito cara de pau, Desigual deputado foi a repartição proposta pelo senhor,pelos forasteiros e sabe lá por quem mais,o Pará remanescente era um Pará Roubado, uma proposta Ilegal, Imoral e Indecente.
ResponderExcluirNão acredito que a população de bem, de Santarem olhando o mapa desenhado por estes mal intensionados, não chegue a conclusão, que o Pará estava sendo roubado.
Proponho que nós que ficamos de fora da Divisão, façamos uma nova um Estado do Tapajós com 17% do Território, e outro pro Carajás com 17%, e aí vamos pro voto.
Passar Bem Deputado..
Companheira, penso que os santarenos estão mais próximos de nós do que o povo do sul do Pará. Moro em Belém, votei no sim para Tapajós e não para Caraj´s. Já tinha convencido algumas a seguir este voto. Mas quando viram aquele deputado federal, arrogante defendendo o tapajós, alguns desistiram. Será que não outra pessoa para fazer a defesa?
ResponderExcluirSe a proposta fosse só para criar o estado do Tapajós, penso que ganharia folgado aqui em Belém. Foram meter o estado de Carajás no meio, acabou atrapalhando. Esse é meu pensamento.
ResponderExcluirpois é., e depois a solução e a divisão do estado....esses caras precisam ser presos...
ResponderExcluirO Pará poderia levar o minerio, as hidreletrica e o que eles quiserem, eu só quero ser livre, apesar de viver num país soberano.
ResponderExcluirHoje um deputado que foi contra divisão do pará apresentou uma emenda em relação a proposta do governo do estado em taxar o mineiro do estado, a sua emenda foi derrotada por um massacre dos aliados do governo, agora eu fico imaginando o sentimento desse deputado nessa hora, deve ter sido o mesmo sentimento do povo de carajas e tapajos que que tinham esperança de dias melhores e foram massacrados pela força da capital do estado e região metrpolitana, é só nessas horas deputado que sabemos como doi lutar contra a correntesa ou contra força politica que domina esse estado.
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