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Divisão do Pará - O Mote Família e o jingle do comitê da divisão

O tema de "Pará é uma Grande Família" deve ser o mote principal das duas campanhas, pelo menos inicialmente.

O tema de uma família que precisa se unir e combater um "inimigo comum", buscando o desenvolvimento integrado e forte, teria um grande apelo emocional tanto em Belém como no interior do Estado,  esta linha, pode ser a mais provável de campanha do Não a Divisão, tanto que no jingle preparado pela comunicação do Sim a Divisão, é justamente com este argumento que se trabalha já no contra argumento. Ouça o jingle (ouça).
O Jingle da campanha do comitê de Carajás e Tapajós fala de um filho que cresce e busca a emancipação, quer seguir seu caminho. No fundo o mote fala da liberdade de escolha, de decidir o destino, na minha humilde opinião, a campanha pode "pegar" para o público da RMB. 

O termo separação é evitado no jingle e em todos os discursos oficiais, na música é ressaltado que o "espírito de família continua". O termo separação remete a uma simbologia negativa de perda. A campanha do SIM pela separação vai evitar a todo custo o este termo (separação) e o NÃO vai explorá-lo a exaustão, inclusive nas entrevistas de suas lideranças.


Durante a música, temos repetidas vezes à palavra SIM, a repetição é a alma de qualquer mensagem publicitária, as frases subseqüentes a palavra SIM, já dão um indicativo das outras peças publicitárias que serão usadas, “Diga Sim para mais segurança, para mais saúde, mais educação, diga sim para os três Estados, diga sim para esta UNIÃO”. Provavelmente serão mostradas imagens ligadas à saúde, educação e segurança mostrando que o governo do Estado do Pará não consegue chegar a estas regiões, seja por falta de recursos, ou por aparato do Estado, e que por isso é necessário emancipar "para desenvolver".

Um ponto me chamou atenção na peça, a "batida ao fundo", um  'tu tu', semelhante a uma batida de um coração. Este elemento não é solto na peça tem a função de marcar posição, logo no inicio do jingle este ‘tu tu’ entra antes do cantor. Só para constar, este som de batida do coração é o primeiro ouvido pelo ser humano, ainda no ventre da mãe, muitos autores dizem que ele acalma. Deve ter esta função, acalmar os ânimos para a mensagem que deseja-se passar.

No geral vai ser um belo embate, por enquanto um grupo age e o outro se encastela e defende posição. Vamos acompanhar a campanha de perto.

Alan Pereira

Co-editor do Blog e Publicitário

Comentários

  1. Sou do Pará que remanescerá menor e melhor.

    Nasci e moro por estas bandas. Sou plenamente favorável ao redesenho geográfico.

    Não tenho dúvidas que os três novos estados ganharão com isso.

    Se a população do Tapajós e Carajás tiver ampliada, ao menos, a possibilidade de participar, pressionar, vaiar, espernear, criticar seus representantes, mais de perto fisicamente, olho no olho, já me contento com a mudança.

    De Santarém ao Palácio dos Despachos são longos 5 dias de barco. Do aeroporto do Carajás à Assembleia Legislativa vai mais de uma hora de avião. Esse meio de transporte pelo preço, aquele pela demora, afastam a população de baixa renda de qualquer participação nos rumos do estado.

    Alguém perderá com a reorganização?
    Sim, os grandes estados, que terão repasses da União diminuídos.

    Não é atoa que a Folha e outros jornais de grande circulação estão antecipando campanha contra a divisão.

    Apontem qualquer liderança política ou empresarial dos estados do sudeste que seja favorável ao rearranjo!

    Nem mesmo sob uma arma na cabeça, Sérgio Cabral e Geraldo Alkmim apoiam a reorganização político territorial do Pará.

    Haverá, de imediato, ampliação montante de recursos públicos, na hipótese de divisão, por diminuição ( redistribuição no repasse da União para os estados) da cota dos demais estados ( sul, sudeste e nordeste).

    Isso é distribuição de renda!

    Isso é diminuição de diferenças (intra e inter)regionais!

    Não é isso, afinal, que todos queremos???

    Ou seja, os valores públicos per capta dos moradores dos três novos estados, unidos, aumentará no dia seguinte, comparativamente ao Pará, como é hoje.

    Embora haja risco remoto de diminuição da renda pública per capta do Pará remanescente, não posso ser perverso, egoísta no meu voto. Sou humanista e não vou dizer: "se eu não ganho, ninguém ganha!"

    Divulgue meu blog criado com a intenção de convencer meus colegas daqui da região metropolitana de Belém e nordeste do Pará

    http://www.maiorparamelhor.blogspot.com/

    Um grande abraço, e viva os três novos estados!!!!

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