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Adeus vovó Rosa

Vó Rosa

Edilza.

Vó rosa era daquelas cablocas, guerreira, lutadora e que não se deixava abater.
Quando viemos de Óbidos para Belém, lembro como ela dedicou toda sua vida em benefícios dos seus netos filhos de sua única filha com nosso pai, sargento Giseldo.
O amor dedicado a todos nós se pontificou na verdadeira idolatria que ela sentiu por você, seus filhos e todos seus amigos do PT.
Quem conviveu com os anos de enfrentamento ao regime da época sabe que encontrava na VÓ ROSA o conforto e carinho que a sabedoria natural daquela velha índia proporcionava.
Em nossos encontros sempre saí com a certeza de ter aprendido mais.
Meus filhos e netos sabem que parte de tudo que sou devo ao exemplo dignificante da Dona ROSA.
Ela me falou para eu nunca ter vergonha de ser paraoara, e eu retruquei que gostava de ver a cara de repúdio que os olhares reprovativos me lançavam quando eu dançava carimbó.
Minha vó era impar. Detão diferente se deu ao luxo de ter dois nomes (Elvira e Rosa), e muitos quantitativos de idade (96,98,101,102) anos.
Hoje no seu enterro comovido eu ouvi o padre afirmar que ela tinha 105 anos, era mais uma peça que ela pregava em todos nós.
Quero crer que ela queria se eternizar como matéria pois como espirito ela se eternizou no coração de todos nós.
Vá em paz VÓ ROSA, e nos de a tranquilidade de aceitar sua ausência
De quem teve o prazer de compartilhar consigo todos os momentos e emoções de vida.

Edson Ary

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